Hoje fui a um certo lugar e deixei o carro estacionado em frente a uma escola, quando voltei notei o vento como que acariciando as folhas de várias árvores que de repente foram cobertas por uma suave luz solar... Me pareceu uma cena quase lúdica e maravilhado com tanta beleza, quando dei por mim estava parado com a mão na porta do carro... Aliás com a vida que a gente vem levando, resta pouco tempo em nossa "agenda" para comtemplar a quietude da natureza ou o canto dos pássaros, o ruído das ondas quebrando na areia da praia, o zunido do vento... Só temos ouvido buzinaços, bip's de celular, ruídos de impressoras no escritório, telefones que tocam irritantemente, etc... Será que de alguma forma não estamos acostumados a tanta artificialidade? Parece que sim, tanto é verdade que muitas vezes em nossa folga continuamos 'conectados' não é mesmo? Mas cabe a nós ver o que é mais importante pra nós e quais são nossas verdadeiras prioridades... Talvez eu não consiga reproduzir aqui a sensação de contemplação que tive naquele dia, mas uma coisa posso dizer a você... O que é bonito verdadeiramente no mundo não é o que o homem faz... o que é bonito, é o que Deus faz!!!
"Durante a vida guardamos dentro de nós histórias e acontecimentos que nos marcam, ensinam e norteiam nossa jornada. Sendo assim desejo dividir com você todo o "tesouro" que acumulei ao longo do tempo e que pode ser de valor pra você também... E então? Vamos conversar? Sejam todos muito bem vindos"
sábado, 30 de novembro de 2013
sábado, 23 de novembro de 2013
NO QUARTEL
Esse é o antigo 2º BC (Batalhão de Caçadores) de São Vicente:
Hoje Batalhão de Infantaria Leve.
No fim dos anos 90 eu estava em "idade militar" e embora eu não quisesse servir às forças armadas por ter planos de trabalho, acabei por passar um breve período nesse quartel.
Foram várias as situações inusitadas, que quem sabe posso contá-las em outro momento mas, ao menos hoje, conto uma delas...
Para a seleção militar é necessário passar por alguns testes de aptidão física e mesmo sem querer "servir" me esforcei pra passar em todos eles (e aos 17 anos, a gente 'se acha' né?).
Um das atividades a serem realiadas era percorrer 4 voltas em uma pista de dimensões olímpicas (ou semi, não lembro ao certo...),

(foto de satélite da pista em que corri entre 1997 e 1998)
sendo que ao passar pelo oficial responsável pela prova de pedestrianismo, era necessário bradar o número que nos identificava - o meu era 17.
Ao fim da contagem regressiva, hora da verdade. Na largada saio entre os primeiros, mas ao virar a primeira curva, percebo que a pista é maior do que meus olhos 'enxergavam'... Ainda sim, estou indo bem...
Ao passar pelo oficial na primeira vez, grito com confiança: "Dezeseteeeeeeeeeee"...
Na segunda volta, percebo que o grupo da frente do qual eu fazia parte, vai ficando mais distante mas ainda estou na corrida, sendo assim ao passar pelo oficial na segunda vez, meu grito ainda é forte mas mais cansado;
Na terceira volta, misturam-se cansaço e frustração, mas estou correndo ainda e não sou o último (o que já é alguma coisa!!!) e na terceira passagem pelo militar à minha frente, o mesmo já percebe minha quase exaustão;
Na quarta e bem aventurada volta (a última para o consolo do meu 'psicológico'), reduzo drasticamente a velocidade e tenho vontade de parar, mas motivado por serem os instantes finais, persisto, porém noto que para alguns colegas a corrida já tinha acabado e para outros, faltava muito ainda, mais do que para mim...
Na última curva em direção à reta, o oficial me parece mais distante do que antes (quem já não passou por coisa parecida não é mesmo?) e ao dizer meu número pela útlima vez esbocei algo que parecia meus primeiros aprendizados sobre separação silábica: "DE...ZES...SE.............T.....................E" (risos)
Hoje, ao lembrar-me disso, penso naquelas situações da vida em que, saímos na dianteira em algumas coisas, de forma esbaforida e eufórica e acabamos perdendo o pique, porque assim como o aspirante a militar que eu era àquela época, sem o devido preparo (eu não tinha hábitos de atividades físicas regulares) logo ficava evidente que não poderia estar no "pelotão de elite". Embora eu não tenha ficado em último, fiquei muito aquém do primeiro lugar.
Naquele dia o garoto que ganhou a corrida, ficou tão empolgada com a sua façanha pessoal, que no entusiasmo, gritou para o militar: "Eu sou o filho do ventooooooooo!!!" e quando alguém poderia pensar que o nobre homem do exército, fosse se irritar ante a ousadia do moleque, deu um grande sorriso e acenou positivamente com a cabeça...
Naquele dia enquanto caminhava após essa corrida, fiquei fazendo uma auto-crítica e pensei: "Se de hoje em diante eu quiser ser primeiro nas coisas, tenho que batalhar por isso"
É verdade que existem pessoas para as quais parece que as coisas vem muito fáceis, mas são raras e não servem de modelo, não inspiram, não motivam, não ensinam ninguém... Geralmente, são como árvores de raízes pouco profundas, e ao virem as fortes rajadas de vento, cairão!!! Porém, se aprendermos a galgar nossas vitórias, se saborearmos cada pequena vitória que somadas a tantas outras, nos trarão o apogeu idealizado, aí sim nada e ninguém poderá nos furtar essa conquista. Mas se ainda sim, formos privados do que conquistamos, mais uma vez podemos nos levantar e recomeçar, porque já conhecemos a "pista" e sabemos que podemos vencer...
Basta estar pronto!!!
sábado, 16 de novembro de 2013
PESSOAS CENOGRÁFICAS

Sou apaixonado por comunicação em quaisquer que sejam as suas plataformas... e já tive oportunidade de trabalhar com todas essas mídias - rádio, tv, internet... Lembro que a primeira vez que entrei em um estúdio de tv fiquei eufórico!!! Mas os bastidores de bonitos cenários geralmente são construidos com barbante, fita desiva, madeirites, rebites, marcações no chão que delimitam a área percorrida por alguém em cenário... nada muito glamuroso... Mas isso é preciso pra que o conteúdo seja transmitido ao público... semelhante a isso existem o que eu chamo de "pessoas cenográficas" e disso o... mundo midiático está cheio... Sabe aquela história de "por fora bela viola, por dentro pão bolorento???"E uma querida amiga minha confirmou isso que digo há pouco tempo: Aposentada, aos cerca de 80 anos, tem tempo livre pra fazer o que mais gosta... sair com seu grupo de amigas para viajar e curtir a maturidade tranquilamente... No último domingo, ela e suas amigas foram ao que talvez seja hoje o programa de auditório mais assistido do país naquela que é considerada a maior rede de tv da américa latina e a 5ª do mundo... chegando lá viu que o apresentador só abria o sorriso quando sabia que estava ao vivo e que durante os intervalos o animador da platéia dava broncas ferozes à algumas pessoas que acaso não sorrisem quando a câmera passasse por elas... Em dado momento precisou ir ao banheiro e lá encontrou uma amiga aos prantos por ter sido humilhada pelo "animador da platéia" por não ter "colaborado" na falsa alegria... Nem devia ter ido né???
Não quero dizer com isso, que todo mundo que seja ou faça algo público tenha que ter esse tipo de índole.... mas é quase a totalidade!!!
E ainda há quem deseje, esse mundo de falso glamour quando muitos dos próprios artistas não se emocionam tanto com isso...Bom mesmo é ser quem somos em qualquer circunstância e não apenas uma "outra pessoa" quando somos alvo dos olhares alheios.
sábado, 9 de novembro de 2013
TAPETE VERDE
Texto escrito originalmente em 30 de Novembro de 2012.
Ontem precisei ir a São Paulo-Capital fazer umas compras para a minha loja. E para isso, usei a Rodovia dos Imigrantes; costumo dizer que dirigir por ela é como deslizar por um tapete...
(também podera... com o valor de pedágio que a gente paga!!!)... Mas o espetáculo na minha opinião é na descida da serra... Faço esse trajeto há anos e sempre me encanto com a beleza de ver a baixada santista costeada pelo oceano... Me fascina o gigantismo do mar e o ínfimo aglomerado de prédios que parecem de brinquedo, as estradas que parecem apenas linhas singrando o gigante tapete verde da costa da mata atlântica...
E penso: "Incrível, como o mar não 'lambe' tudo isso!!!"
Incrível é que (com todo respeito a amigos meus que são ateus) há quem acredite nas obras e façanhas humanas como sendo o ápice da capacidade do homo sapiens
mas quando falamos da complexidade da biodiversidade e falamos em design inteligente, somos taxados de pessoas que tem "amigos invisiveis", como Richard Dawkins
retratou em seu livro "DEUS, UM DELÍRIO"... Com todo respeito a Dawkins também, acredito que quanto ao delírio... eu não padeço desse mal!!!
Ao contrário do que muitos criacionistas fazem, não ofendo ateus e reconheço que há ateus sérios que são absolutamente sinceros em seu ceticismo, não conseguem ver razão para um Deus criador da mesma forma como não consigo ver razão para a sua não existência.
Nunca cometi a sandice de percorrer a rodovia da qual falo aqui, sem crer na capacidade técnica dos engenheiros que a projetaram, do mesmo modo não ando pela vida sem crer na capacidade maior D'Aquele que criou todas as coisas. A meu ver a questão da "geração expontânea" tem seus limites...
Não é Dawkins???
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
O FUSQUINHA
Dia desses meu pai passou por um revés... Dono de um Fusca 1985 (que ele não dá, não vende, não troca e empresta com dificuldade... Rsrs...), abasteceu o lendário carrinho com um frentista minimamente desligado... Encharcou o pobrezinho de Etanol e tão logo saiu do posto, começou a "engasgar" e rodar com falhas no motor... Carros como esse não foram fabricados com tecnologia Flex e portanto, o sofrimento do Fusquinha só acabou quando o erro foi percebido e feita a devida sangria do combustível trocado... Ao receber gasolina, o bom e velho Fusca, respondeu com "animação' ao combustível e voltou a rodar fielmente, como sempre!!!
Quantos de nós fomos feitos pra viver de um jeito e no fim das contas, vivemos de outro... Vivemos uma vida que "não é a nossa"... E quando bate o desânimo, achamos que nascemos na família errada, na casa errada, no país errado e até no corpo errado!!!
A verdade mesmo, é que de algum jeito, a exemplo do Fusquinha de meu pai, nós nascemos pra viver uma vida plena, feliz, estimulante... mas em algum ponto do caminho, colocamos dentro de nós, coisas que não nos fazem avançar... coisas que atravancam nosso desempenho e nossa força... Só quando nos dermos conta de que andamos "consumindo combustível errado" (e cada um de nós sabe de si), é que vamos viver de forma absolutamente completa, dinâmica e feliz!!! Dizem que a vida é curta, pode ser... mas sendo curta ou longa, ela é como uma estrada... e só pode ser percorrida em toda a sua extensão (sem percalços incontornáveis), se você estiver "abastecido(a)" do "combustível" exato às suas necessidades!!! Aí... quem sabe ao fim da "viagem" você e eu olhemos pra trás e com um sorriso de satisfação nos lábios, possamos então entender que valeu cada instante da jornada né??? E então???
"O que move você?"...
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Uma história contada por meu pai
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Não faz muito tempo, recebi 5 centavos de troco... até aí nada demais... só como curiosidade o fato de ser 5 cents de Euro (talvez ...